terça-feira, 7 de setembro de 2010

OS ESPÍRITAS E MARIA

Registramos casos de expositores serem criticados e até afastados de palestras de centros espíritas, pelo fato de terem citado Maria, com o valor que ela merece. Pessoas são chamadas atenção, em vários centros espíritas, porque proferem preces citando Maria. Há cobranças a determinados espíritas, pelo fato de terem em suas casas algum quadro na parede com um retrato de Maria ou, principalmente, alguma imagem de uma das inúmeras representações dela. Acham sempre que essas pessoas não são espíritas ou que estejam enxertando o catolicismo no Espiritismo.
Eu já vi um espírita receber a determinação da diretoria do centro, onde trabalhava, para que retirasse um adesivo da imagem de Nossa Senhora Aparecida do vidro do seu carro.
Por que essas coisas acontecem? Que segurança doutrinária é essa, das pessoas que agem com tanta intolerância? É claro que um espírita consciente jamais rezará uma “... Santa Maria, mãe de Deus...”, porque ela de fato nunca foi mãe de Deus e sim de Jesus. Claro, não podemos nos curvar aos equívocos católicos, em que pese encontrarmos, por incrível que pareça, espíritas orando, em alguns centros (poucos, é claro, mas existem) até mesmo o “Credo”, dizendo “creio na “santa” igreja católica, na comunhão dos anjos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna, amém.” É um absurdo e é coisa de gente que ainda não entendeu o que é o Espiritismo.Mas daí a tratar o Espírito Maria sem o devido valor, é lamentável. Temos carinho especial por Paulo de Tarso, muito citado por nós espíritas, que sem dúvida tem o seu valor, por tudo que fez pela difusão do Evangelho. Todavia não podemos desconsiderar que no tempo de Jesus ele ainda era um homem que matava e mandava matar, como fez com Estevão. Maria já era a mãe de Jesus. Amamos intensamente o nosso querido Emmanuel que, na época de Jesus foi o Senador romano Públio Lentulos Temos carinhos especiais por espíritos que hoje são, de fato, trabalhadores e benfeitores na causa espírita, mas que bem depois de Jesus promoveram atos não muito recomendáveis, quando Maria, há séculos e séculos atrás, já era um espírito de amor. Será que não dá pra nós espíritas analisarmos com mais carinho a realidade desse espírito? Não precisa enaltecê-la com aquela conversa de virgindade não, que aquilo ali é uma das maiores bobagens que a igreja já inventou, mesmo porque a presença ou ausência de hímen não tem absolutamente nada a ver com a dignidade ou qualquer influência moral na mulher.

Tratemos a mãe de Jesus pelo menos com o carinho que temos para com:
 A Meimei,

 A Maria Angélica

 A Joanna de Ângelis,

 A Amália Domingos Soler, e tantos outros espíritos que animaram corpos femininos, com tanto amor e tanta dignidade.

Maria não é patrimônio da igreja católica nem tem qualquer responsabilidade pelo endeusamento que dão a ela.
É simplesmente um espírito evoluidíssimo que deve ser considerado por nós no nível em que está, porque, se foi escolhida por Deus para ser a mãe do próprio Jesus, o bom senso nos demonstra que um valor muito especial ela tem.

ESTEJA CONVOSCO, MARIA

Janeth Sá

*Set/2010

Um comentário:

  1. O texto é bastante esclarecedor.
    Mas gostaria de saber a visão espírita das aparições e milagres de Nossa Senhora Aparecida.
    Um abraço.

    Léa Mariano/SP

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