sábado, 18 de junho de 2011

QUEM PODE ATIRAR A PRIMEIRA PEDRA?


Na passagem do Evangelho onde Jesus transmitia suas lições, quando surgiram alguns escribas e fariseus trazendo uma mulher, e condenando-a por adultério, sabemos que JESUS, pronunciou seu imorredouro ensinamento: “AQUELE QUE DENTRE VÓS QUE ESTÁ SEM PECADOS, ATIRE A PRIMEIRA PEDRA.” Pesado silêncio fez-se sentir. Ante a força moral daquele que devassava suas fraquezas, ninguém se sentia autorizado a iniciar a execução. Então, pouco a pouco, dispersou-se a multidão, começando pelos mais velhos, até chegar aos mais moços. Em breve, Jesus estava sozinho com a adúltera. Perguntou-lhe, então: “MULHER, ONDE ESTÃO ELES? NINGUÉM TE CONDENOU?” Ela respondeu: “NINGUÉM SENHOR.” Ele então finalizou dizendo: “NEM EU TAMPOUCO TE CONDENO. VAI E NÃO PEQUES MAIS. Nesta passagem vemos uma vez mais a extraordinária lucidez de Jesus, ágil no raciocínio, a confundir seus opositores, e ainda aproveita o ensejo para um ensinamento fundamental: NINGUÉM É SUFICIENTEMENTE PURO PARA HABILITAR-SE A JULGAR AS IMPUREZAS ALHEIAS. Essa ideia é marcante no ensinamento cristão. Jesus situa como hipócritas os que não enxergam lascas de madeira em seus olhos e se preocupam com meros ciscos em olhos alheios. Observam falhas mínimas no comportamento dos outros e não encaram gritantes defeitos em si mesmos. Quem estuda as obras de André Luiz percebe claramente que os Espíritos orientadores jamais usam adjetivos depreciativos. Não dizem: “Fulano é um cafajeste, um vagabundo, um pervertido, um mau caráter, um criminoso, um monstro.” Vêem o irmão em desvio, o companheiro necessitado de ajuda, o enfermo que precisa de tratamento. Consideram que todo julgamento é assunto para a Justiça Divina. Só Deus conhece todos os detalhes. Mesmo quando lidam com obsessores, tratam de socorrê-los sem críticas, situando-os como irmãos em desajustes. Chico Xavier, que viveu esse ideal evangélico de fraternidade autêntica, não pronunciava comentários desairosos. Se alguém cometia maldades, não dizia tratar-se de um homem mau. Dizia ser apenas alguém menos bom. Faz sentido! Afinal, somos todos filhos de Deus. Fomos criados para o Bem. O mal em nós é apenas um desvio de rota, um equívoco, uma doença (da alma) que deve ser tratada. Podemos expor nosso pensamento, nossa indignação diante do que nos agride ou não aceitamos, sem humilhar, sem escândalos, sem querer impor nosso modo de pensar ou mudança nas pessoas. A fórmula para modificarmos nossa visão tem dois componentes básicos: Devemos ser intransigentes (rigorosos) conosco: vigiar atentamente nossas ações; não perdoar nossos deslizes; criticar nossas faltas, dispondo-nos ao esforço permanente de renovação. Devemos ser indulgentes (usar o perdão) com os outros: evitando o julgamento, a crítica e as más palavras; respeitando o próximo, suas opções de vida, sua maneira de ser. É o despertar do coração. Quando aplicamos essa orientação, observamos que quanto mais intransigentes (rigorosos) conosco, mais indulgentes seremos com o próximo, exercitando o princípio fundamental: “NÃO DEVEMOS ATIRAR PEDRAS EM TELHADOS ALHEIOS, PORQUE O NOSSO É DE VIDRO, MUITO FRÁGIL.” Diante de tal fato e de tantos outros que nos chocam, questiono: “Quando Jesus deixará de ser apenas falado, escrito, decorado, discutido, fanatizado, idolatrado, adorno de camiseta, pescoço e parede ou motivo para  datas festivas (onde muitos abusam da comida e bebida) para ser vivido?”. Que o sentido seja relembrar os ensinamentos do aniversariante e questionar o que Ele quer que façamos com eles.

QUE DEUS AMPARE E ILUMINE VOSSOS CORAÇÕES COM LUZ E SABEDORIA!

Janeth e Rangel Sá


Nenhum comentário:

Postar um comentário